Galeria de Arte São Paulo
Áreas para exposições
Acervo
Diretoria
Sala de reuniões
Recepção
Administração
Bar
Copa
Sanitário para visitantes
Sanitário para funcionários
Estrutura: Alvenaria de blocos de concreto e pilares de aço
Cobertura: Aero-teto Zetaflex
Laje: Concreto armado fundido "in loco"
Alvenaria: Blocos de concreto e tijolos de barro
Escada: Concreto armado
Caixilhos: Ferro
Acabamentos: Argamassa para pintura látex e tijolo à vista (fachada)
Pisos: Cimento queimado e carpete
A Galeria São Paulo localiza-se à rua Estados Unidos nos "Jardins", em São Paulo.
Originariamente residencial, esta rua, limite dos bairros Jardim América (residencial) e Cerqueira César (uso misto) foi classificada pela Lei de Zoneamento como Corredor Residencial, admitindo usos comerciais desde que em construções com volumes equivalentes a residências.
A Galeria São Paulo é uma reforma como inúmeras outras feitas em casas da rua, para adaptação aos novos usos. Nossos dois sobrados, construídos geminados a outros dois, já tinham sido ocupados por uma clínica médica, sem alteração significativa na sua estrutura espacial.
O projeto procurou integrar definitivamente as duas casas em um edifício adequado às funções culturais propostas (exposições, conferências, projeções, recitais etc.) e portanto, diferenciado na paisagem da rua. A área construída existente, a ser reaproveitada, já atingia o limite permitido, o que deixava como espaço para abrigar os usos públicos propostos apenas o quintal das casas e a edícula no seu fundo. Os pequenos espaços das casas originais foram destinados às funções administrativas e de acervo, com exceção dos dormitórios (4) voltados para o quintal, que foram abertos e transformados em mezzanino do espaço principal da galeria. O salão principal foi obtido com a cobertura do quintal existente através de "persianas" móveis industrializadas, de uso corrente em abrigos de autos nos recuos frontais dos sobrados paulistas, admitidos pela Prefeitura e não considerados como área construída. Com a reforma da edícula existente ao fundo, destinada ao bar e ao terraço de esculturas, também voltado para o espaço central, foi atendido todo o programa da galeria.
No recuo da frente, uma pequena praça recebe as pessoas que chegam, ainda ao ar livre.
No interior, um pequeno espaço dá acesso às áreas administrativas e conduz ao salão principal, com pé-direito duplo. Após percorrê-lo, a escada leva ao nível do terraço de esculturas, e em seguida a rampa ao mezzanino. O conjunto de espaços assim estruturado, permite uma visão das obras de arte segundo distâncias e ângulos variados, bem como a sua ocupação como anfiteatro, para até 200 pessoas, com boa acústica, obtida com o ajuste variado da reflexão e absorção do som na cobertura.