Ed. 31 - Edifício Industrial Roche - Edifício Administrativo e Laboratórios Givaudan - Retrofit e Ampliação
O edifício, conhecido como Prédio 31 está localizado num condomínio comercial no bairro do Jaguaré na cidade de São Paulo.
O terreno de aproximadamente 17 hectares que originalmente pertenceu às Indústrias Matarazzo, abrigou laboratórios e fábricas da Roche até 2004, quando passou a funcionar apenas como sede administrativa disponibilizando alguns edifícios industriais para novos inquilinos.
A nova ocupação prevista para o prédio 31 seria um Centro de Criação de Fragrâncias, com espaços para escritórios e pequenos laboratórios. A reforma consistiu, portanto, na transformação de um edifício industrial em comercial, modernizando a infra-estrutura e adequando os espaços às novas demandas.
O edifício existente era composto por um bloco de três pavimentos em “u” e outro construído apenas no térreo. O primeiro era dividido em duas “alas” conectadas pelas prumadas de escadas e elevadores, enquanto o segundo bloco, acessível apenas pelo térreo, configurava o pátio interno.
As duas alas do bloco de três pavimentos apresentavam características muito distintas:
A ala leste, que abrigava laboratórios verticais, continha prumadas de escadas restritas aos laboratórios e uma estrutura de concreto com vãos entre pilares de 10m x 6m. Na cobertura, um lanternin contínuo funcionava como iluminação zenital. A ala oeste que abrigava sanitários, pequenos laboratórios e escritórios, tinha estrutura também de concreto, mas com vãos menores, de aproximadamente 4m x 5m.
Como se tratava de um edifício de estrutura aparente, essas diferenças entre as duas alas, tornavam-se muito presentes nas fachadas e caixilhos, resultando num edifício sem unidade visual.
A proposta consistiu em construir dois pavimentos sobre o bloco térreo, completando o “u” do edifício existente aumentando a área construída e resultando num único edifício ao redor de um pátio interno. Os acessos foram mantidos nas fachadas norte e sul, agora cobertos com a construção de uma pequena marquise metálica. Essa nova configuração aumenta a importância do pátio existente, uma vez que cria novas fachadas voltadas para este vazio. Assim, o pátio que antes era apenas área de circulação passa a ser área de permanência e foi reformado nesse sentido com a construção do pergolado, beirais e bancos.
Internamente, os espaços são integrados tornando a planta tipo mais adequados para a ocupação de escritórios. Junto às prumadas existentes de escadas e elevadores, estão concentrados novos sanitários quantificados para o novo uso do edifício e shafts de instalações. Os elevadores foram substituídos por máquinas mais modernas e as escadas reformadas conforme as exigências do Corpo de Bombeiros.
Para resolver as diferentes fachadas, um fechamento em alumínio e chapa expandida foi proposto ao redor de todo o edifício. Além de funcionar com proteção solar, a nova fachada incorpora as diferenças existentes entre as duas alas e trazendo assim unidade ao edifício.
Para atender às demandas de uso comercial, todas as instalações elétricas e de ar-condicionado foram redimensionadas e substituídas. Os novos geradores e chillers foram implantados numa central de utilidades externa ao edifício.