Nova Sede da FAPESP
Arq. Abrahão Velvu Sanovicz
Arq. César Galha Bergström Lourenço
Arq. Jon Andoni Vergareche Maitrejean
Arq. José Carlos Ribeiro de Almeida
Arq. Pedro Paulo de Melo Saraiva
EDIFÍCIO PRINCIPAL
PAVIMENTO TÉRREO
Guarita de Entrada
Sala de Monitoramento e Segurança
Torre de Serviços
Estacionamento Coberto
1º PAVIMENTO
Gabinete do Presidente do Conselho
Sala do Conselho
Área de Apoio da Sala do Conselho
Gabinete do Diretor Presidente
Gerência de Comunicação
Informações e Protocolo
Área de Assinatura de Contratos
Atend. Pessoal da Ger. Financeira
Auditório
Hall de Entrada e Exposições
Terraço e Copa/Bar
Torre de Serviços
Circulações Gerais
2º PAVIMENTO
Assessor Jurídico
Centro de Documentação e Informação
Rede ANSP
Gabinete do Diretor Administrativo
Gerência de Apoio
Gerência Financeira
Gerência de Informática
Auditoria
Gerência Administrativa
Casa de Máquinas do CPD
Torre de Serviços
Circulações Gerais
3º PAVIMENTO
Gabinete do Diretor Científico
Coordenadoria
Gerência de Processos Científicos
Arquivo
Almoxarifado
Torre de Serviços
Circulações Gerais
ÁTICO
Casas de Máquinas dos Elevadores
Reservatórios Elevados
Espaços para Fan-Coil
EDIFÍCIO DE SERVIÇOS
Banco
Oficina, Depósitos, Máquinas
Vestiários, Estar p/ Funcionários
Manut. de AC, Central de Água Gelada
A simplicidade da Nova Sede da Fapesp não se deve a um limite imposto por seu estágio de Estudo Preliminar. Resulta do esforço adotado desde o primeiro momento em organizar todas as suas atividades com o mínimo de elementos e recursos. Este esforço se traduz em três aspectos:
1. Organização do Programa
As funções da Fapesp estão distribuídas em três anéis contínuos superpostos, elevados em relação ao térreo e interligados por duas prumadas simétricas. É uma solução compacta. Todas as proximidades propostas pelo programa são atendidas ao mesmo tempo que a continuidade e sobreposição das funções reduz ao mínimo a necessidade de deslocamentos horizontais e verticais.
No primeiro pavimento, por exemplo, uma escada liga o setor de atendimento público ao andar de cima, onde está todo o restante da Diretoria Administrativa. Do outro lado do andar, um salão longitudinal, com refrigeração e controle de energia próprios, unifica o CPD da Biblioteca e as Salas de Operações da Fapesp além de sua sala de máquinas abrigar também o fan-coil responsável pela climatização específica do Auditório abaixo. São configurações flexíveis ensejadas por espaços com vão livre de 15 m e que, circundando uma praça aberta de 1100 m2, solucionam com luz e ventilação natural a totalidade das áreas de trabalho. Sem requerer as mesmas condições ambientais e de espaço, as áreas de apoio como oficinas, vestiários, depósitos e maquinário em geral estão previstas num pequeno edifício contíguo.
2. Implantação
Duas zonas são distinguidas por um eixo de pedestres que liga a entrada principal na Av. Politécnica até o heliponto no fundo do terreno. De um lado, a esplanada com estacionamentos se prolonga do acesso público até atingir o acesso de serviço na Av. Torres de Oliveira. De outro, abre-se um lago retangular no padrão dos reservatórios de irrigação agrícolas em que a água é contida apenas por uma manta vinílica sobre o solo, sendo uma alternativa aos altos custos de manutenção de extensas áreas ajardinadas em terreno pobre e inundável.
Essa urbanização singela acolhe o edifício da Fapesp, alçado sobre doze pilotis. Assim, de forma natural, 60 vagas de estacionamento ganham cobertura enquanto que áreas como Auditório e Sala do Conselho se debruçam sobre a água.
Climatizada pelo lago, margeada por uma via de pedestres e pelo estacionamento coberto, surge uma verdadeira praça urbana no centro deste edifício, convergência de todos os acessos e ponto de encontro e descanso em contato com a cidade que a cerca.
3. Construção
Este edifício se caracteriza por sua estrutura, manifesta nas fachadas externas e internas: dois anéis quadrados e concêntricos de treliças metálicas que transferem as cargas das áreas de trabalho da Fapesp para pilares de concreto do térreo. Entre estes anéis se ligam vigas "I" de alma cheia de 80 cm de altura, que apóiam a cada 5 m as lajes de concreto de 12 cm de espessura. Como a altura das treliças é igual aos três andares do edifício, é com naturalidade que se cria então os vãos de 32,5 m e os balanços de 16,25 m que marcam seu volume solto sobre o solo. A climatização do edifício é feita por fan-coils instalados no topo das torres de circulação vertical, com dutos descendo junto às prumadas técnicas. Brises automáticos adequados às fachadas minimizam a carga térmica sobre o sistema de refrigeração.