Residência no Jardim Vitória Régia
Sala de estar
Sala de jantar
Sala das crianças
Lavabo
3 Dormitórios
2 Banheiros
Dormitório de hóspedes
Banheiro de hóspedes
Cozinha
Lavanderia
Banheiro de empregada
Oficina
Garagem
Piscina
Estrutura: Madeira - angelim
Cobertura: Chapas trapezoidais de alumínio
Laje: Concreto, no piso da garagem
Escada: Madeira e tirantes de aço
Divisórias e peitoris: Madeira e tirantes de aço
Caixilhos: Madeira
Acabamentos: Pintura acrílica nos painéis
Pisos: Assoalho de madeira
O cliente, engenheiro civil, projetista e fabricante de estruturas de madeira, comprou um lote de 900 m2 com 100 % de declividade para o fundo, na intenção de ali, ao construir sua casa, realizar uma experiência em industrialização da estrutura e das vedações, elaborar e testar um protótipo para casas a serem implantadas em pirambeiras. Para isso, propôs para o projeto um programa bem comum: sala, cozinha, serviço, três quartos, quarto de hóspedes, sala para crianças, abrigo para dois carros e piscina, num total de 200 m2 de área útil.
O programa foi organizado em duas partes, distintas construtivamente: um patamar de entrada com garagem e piscina, junto ao alinhamento, de concreto armado, apoiado diretamente no terreno; e uma torre de madeira, perpendicular às curvas de nível, apoiada em seis tubulões.
A área social e o serviço, que deveriam estar junto à rua, foram organizados num "L" voltado para a vista a nordeste, com a casa protegendo a piscina do vento sul.
A partir dos tubulões, 3 treliças principais (bi-articuladas) com módulos quadrados de 3,30 m desenvolvem-se simétricas através de balanços que se sucedem a cada andar.
O desenho da casa resultou do equacionamento conjunto de programa e estrutura: são, no perfil, 5 módulos superiores para sala e serviço, com 100 m2, 3 módulos abaixo para dormitórios, com 60 m2, e, finalmente, os módulos restantes com 20 m2 cada, para dormitório de hóspedes e sala das crianças, sempre incluindo a área da escada.
A estrutura é simétrica e equilibrada, sua geometria considera seu próprio sistema de montagem, sem escoramentos (ver desenho no Memorial de Estrutura).
O módulo estrutural, 3,30 x 3,30 m, permitiu que, com 2,50 m de pé-direito em toda a casa, sobrassem, para cada piso e na cobertura, 65 cm livres da estrutura para a passagem das instalações (visitáveis) e de ventilação cruzada. Daí, por convecção, o ar fresco pode ser encaminhado aos ambientes através de aberturas no piso, com a correspondente exaustão do ar quente pelo teto.